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Circuito Herança Africana atraiu mais de 30 pessoas em aula-passeio

Inserido em 30 de novembro de 2021
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O Circuito Herança Africana contou com a participação de mais de 30 pessoas, entre associados da Amperj e dependentes, que, em uma aula-passeio, descobriram novas perspectivas de diferentes lugares da Região Portuária, e puderam aprender os valores históricos de cada lugar.

“Conhecer a ‘pequena África’, com a perspectiva de um ‘lugar de memória’, nos faz ter uma outra percepção do passado e compreender muitas das desigualdades do presente. Parabéns à Amperj pela excelente iniciativa!”, disse a procuradora de Justiça Eliane de Lima Pereira, que participou do circuito.

O evento, ocorrido no último sábado (27), foi uma iniciativa da Diretoria Cultural da Amperj, dirigida pelo promotor de Justiça Rogério Pacheco, que participou do passeio. “Foi uma experiência ímpar que nos reconecta com o passado da escravização no Brasil, a fim de que possamos compreender as razões atuais do racismo estrutural ainda presente na sociedade brasileira”, disse Pacheco.

Os participantes percorreram pouco mais de 2 km em cerca de duas horas. O circuito começou no Largo de São Francisco da Prainha, onde foi o ponto de encontro. Em seguida, houve a visita a outros 11 locais: Pedra do Sal, Morro da Conceição, Jardim Suspenso do Valongo, Praça dos Estivadores, Docas Dom Pedro II, Cais do Valongo, Casa de Machado de Assis, Revolta das Vacinas, Lazareto, Centro Cultural José Bonifácio e Cemitério dos Pretos Novos.

“Somos privilegiados de morar em uma cidade que foi por muito tempo a capital do nosso país. A realização deste passeio-aula pelo Instituto Pretos Novos no mês de novembro é muito importante, pois o cais do Valongo foi o principal porto de chegada de pessoas negras escravizadas trazidas para o nosso território. O sítio arqueológico do Cemitério dos Pretos Novos deixa evidente o genocídio ocorrido”, contou a promotora de Justiça Roberta Rosa, que também esteve à frente da organização, e acompanhou todo o percurso.

O procurador de Justiça Ricardo Ribeiro foi mais um que aprovou a iniciativa. “Passeio maravilhoso pela nossa herança africana. Uma história muito rica e emocionante, ainda que permeada de muita desumanidade, que não nos contam na escola. Fundamental aprender para não repetir. Parabéns à Amperj pela iniciativa. Que venham muitas outras”, disse.

*Confira abaixo as fotos da aula-passeio*