No podcast “Amperj Convida” desta semana, a promotora de Justiça Monica Marques destaca as relações próximas entre agressores e vítimas de abuso sexual infantil. “No Brasil, 95% dos casos de violência sexual são praticados por pessoas conhecidas da criança. Desses, 65% ocorrem com participação de alguma pessoa do núcleo familiar.”
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A titular da 1ª Promotoria de Investigação Penal de Santa Cruz completou: “A violência domiciliar é muito arraigada. É o padrasto, é o avô, é o marido da avó, é o pai. Somente de 5% a 6% dos casos são fictícios. Normalmente, quando uma criança relata um caso de abuso sexual, é que ele realmente ocorreu”.
No podcast apresentado pela procuradora de Justiça aposentada Heloisa Carpena, Monica abordou a importância de acompanhar a navegação das crianças nas plataformas e aplicativos online.
“A primeira coisa é educação. Explicar para a criança que quem está do outro lado pode não ser da idade dela. Orientar também a não mandar fotos. Depois da pandemia, a quantidade de ‘nudes’ enviadas por crianças entre 10 e 15 anos quadruplicou. Os pais têm que estar atentos ao que a criança está fazendo no quarto, porque achamos que ela está protegida lá e, infelizmente, não está”, afirmou.
Um novo episódio do “Amperj Convida” vai ao ar toda terça-feira nos sites da Associação, da Rádio Roquette-Pinto e na plataforma de streaming Spotify.