A procuradora regional da República no Rio de Janeiro, Silvana Batini, refletiu sobre a atuação e os diversos desafios enfrentados pelo Ministério Público Federal no processo eleitoral brasileiro, como a influência da religião na escolha do candidato.
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“É preciso verificar se a religião impacta a legitimidade ou a normalidade das eleições. É legítimo que o eleitor busque orientação dentro da sua religião? Sim, é legítimo, isso está na esfera da liberdade individual. O problema surge quando igrejas têm partido político, com poder econômico e de inserção midiática muito grande. Isso pode desequilibrar uma eleição. Temos sempre que olhar se as candidaturas não estão muito díspares no que se refere a esses aspectos”, afirmou a procuradora.
No programa apresentado pela procuradora de Justiça aposentada Heloisa Carpena, a convidada, que também é professora de direito eleitoral na Fundação Getúlio Vargas, salientou que os órgãos eleitorais não trabalham somente na época do pleito. “O TSE não apenas julga os processos eleitorais. A Justiça eleitoral como um todo organiza as eleições no Brasil. E organizar é uma atividade administrativa, que é acompanhada e fiscalizada pelo Ministério Público Eleitoral. Isso acontece durante o ano não eleitoral porque é preciso organizar tudo o que vai acontecer.”
O “Amperj Convida” vai ao ar às terças-feiras e está disponível nos sites da Associação, da Rádio Roquette-Pinto e na plataforma de streaming Spotify.