Nesta quinta-feira, o ministro Luís Roberto Barroso anunciou sua aposentadoria antecipada do STF, onde poderia continuar atuando até 2033.
Nascido em Vassouras (RJ) em 1958, formou-se em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 1980. Foi o início de uma destacada trajetória acadêmica com foco no Direito público. Em seguida, vieram o mestrado pela renomada Universidade de Yale, nos Estados Unidos, e o doutorado também pela UERJ, onde leciona desde 1982.
Atuou como advogado em casos de grande repercussão no Supremo Tribunal Federal, como a defesa da pesquisa com células tronco embrionárias, da união entre pessoas do mesmo sexo e da proibição do nepotismo. Foi ainda procurador do estado do Rio de Janeiro de 1985 até a indicação ao STF.
Barroso chegou à Suprema Corte em 2013, ocupando a vaga aberta pela aposentadoria de Ayres Britto. Como ministro, relatou ações como a que suspendeu despejos durante a pandemia de Covid-19 e deu votos decisivos em julgamentos de grande impacto social. Presidiu o Tribunal Superior Eleitoral de 2020 a 2022, bem como o próprio Supremo de 2023 até o mês passado.
Autor de obra que se tornou referência para gerações de acadêmicos do Direito, Luís Roberto Barroso dedicou a vida à Justiça, seja na docência, na advocacia ou na magistratura.
O ministro é filho do falecido Procurador de Justiça Roberto Bernardes Barroso, que hoje dá o nome ao Instituto de Educação (IERB) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
Na ocasião de sua aposentadoria, a Amperj parabeniza o ministro pelos relevantes serviços prestados.
Foto: Antonio Augusto/STF