
A promotora de Justiça Viviane Alves foi uma das vencedoras do Prêmio Jurídico Acadêmico Procuradora do Estado Maria da Penha Machado Ribeiro. A Comissão de Promoção à Igualdade de Gênero da Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ) organiza o prêmio com o objetivo de expor questões relacionadas à igualdade de gênero e seus desafios.
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O concurso premiou os melhores trabalhos jurídicos de graduados e graduandos. Viviane Alves foi a terceira colocada na categoria Nível Superior com a inscrição “Desde Amélia Duarte: o caminho das pioneiras no MPRJ”.
O prêmio da PGE-RJ ganhou o nome de Maria da Penha Machado Ribeiro em homenagem à primeira procuradora concursada da história da instituição. Ela faleceu em 2023, aos 97 anos.
Leia a entrevista com a promotora:
Amperj: Como é estar entre as premiadas?
Viviane Alves: Sinto-me muito feliz e honrada com o recebimento do terceiro lugar do prêmio jurídico acadêmico que tem o nome da primeira mulher procuradora do Estado do Rio, Maria da Penha Machado Ribeiro.
Amperj: Como surgiu o trabalho “Desde Amélia Duarte: o caminho das pioneiras no MPRJ”?
Viviane Alves: O texto que escrevi e submeti ao prêmio resgata um pouco da história das pioneiras do MPRJ e chega até hoje. Conto sobre a história de Amélia Duarte, que ingressou no MP em 1936, e destaco algumas mulheres que abriram caminhos em nossa instituição até os dias atuais. O trabalho é fruto de reflexões a partir da leitura do livro da historiadora italiana Silvia Federici no mestrado do programa de Políticas Públicas e Formação Humana da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Amperj: Quais os principais desafios da igualdade de gênero na atualidade e para o futuro?
Viviane Alves: Vejo como desafios atuais para as mulheres a ocupação de postos de poder e decisão nas instituições. Como exemplo, cito que somos maioria no MPRJ atualmente, mas nunca tivemos uma PGJ mulher e não temos equidade de gênero para os cargos decisórios.