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Presidente da Amperj visita o Instituto Pretos Novos

Inserido em 19 de outubro de 2022
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O presidente da Amperj, Cláudio Henrique Viana, acompanhou a visita do Tribunal de Justiça ao Instituto Pretos Novos nesta terça-feira (18) e pretende estabelecer parcerias para que os associados conheçam o projeto, parte importante da história brasileira.

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Na ocasião, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Henrique Figueira, anunciou um convênio entre o Tribunal e aquela entidade. A visita também contou com a participação do juiz auxiliar da 2ª Vice-Presidência do TJRJ Marcelo Oliveira.

Eles foram recebidos pela coordenadora do IPN, Merced Guimarães, que comemorou as parcerias com o TJRJ e a Amperj. O convênio entre o IPN e o TJRJ vai permitir aos condenados a prestar serviços comunitários colaborarem com o instituto. O objetivo é aliar a força do memorial sobre a degradação que escravizados sofreram nos séculos 18 e 19 ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e sua missão de pacificador social.

“A ideia é criar um caminho novo para as pessoas e auxiliar o Instituto Pretos Novos. É impossível ficar insensível ao que vimos aqui. É um capítulo triste da nossa história. Quem tem coração se sensibiliza com o que vimos hoje”, disse o desembargador Henrique Figueira.

Visitas guiadas

O presidente da Amperj também destacou a importância do Instituto Pretos Novos para a História do Rio de Janeiro e do Brasil. “O instituto resgata uma parte importante da nossa história, que não pode ser esquecida. É preciso um apoio das instituições para esse projeto. Pretendemos ajudar a difundir e realizar visitas guiadas de nossos associados a esse museu de História e Arqueologia”, afirmou Cláudio Henrique.

O IPN conta com exposições permanentes, temporárias e com o programa educativo dedicado a estudantes das redes pública e particular de ensino. O trabalho arqueológico do instituto revela que mais de 40 mil escravizados recém-chegados ao Rio foram enterrados de forma desumana, na via cujo nome antigo selava o destino de muitos: Rua do Cemitério, hoje Rua Pedro Ernesto. Corpos foram torcidos, retorcidos, queimados, despedaçados e pulverizados pela ação da queima, jogados e amontoados.

As descobertas que deram início ao projeto ocorreram em 1996, quando Merced Guimarães e seu marido encontraram pelo menos 28 ossadas ao reformarem o próprio imóvel. A partir daí, o Instituto Pretos Novos foi erguido e o trabalho de Arqueologia e Museologia começou em 2005. O IPN fica na Zona Portuária do Rio, onde antes havia o Cais do Valongo. Principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas, o Cais do Valongo passou a integrar a Lista do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 1º de março de 2017.