Debates sobre os desafios da Era Digital reúnem cerca de 300 associados.
por Lúcio Santos e Raphael Gomide
O 1º Congresso da Associação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro reuniu cerca de 300 associados, em 15 e 16 de setembro, no Hotel Fairmont, em Copacabana. Promotores e Procuradores de Justiça do MPRJ debateram com os colegas o tema e casos concretos que vêm desafiando o MP fluminense nesta Era Digital, retomando uma tradição da Amperj e do MP fluminense de promover fóruns de discussão nacionais de grande interesse para a classe.
O presidente da Amperj, Cláudio Henrique Viana, afirmou na abertura que é preciso levar em consideração como as inovações vão repercutir no dia a dia das pessoas. “A inércia ou demora fará com que as consequências indesejadas caiam sobre nós.”
Leia Mais: Revista Amperj: MP e Prefeitura discutem melhores formas de proteger as mulheres
Revista Amperj: Um olhar mais humanizado para os adolescentes
Manoel Murrieta, presidente da Conamp, agradeceu a organização do evento e a oportunidade de discussões entre membros da categoria. “O Ministério Público brasileiro não teria essa formatação se não fosse o movimento classista”, disse.
A palestra inaugural foi proferida pelo jornalista e escritor Caco Barcellos, sobre “A Reportagem como Ferramenta de Combate a Fake News”, e, no encerramento, o promotor Emerson Garcia tratou da dignidade da pessoa humana.
Homenagem ao Gaeco
Cláudio Henrique fechou o evento com uma homenagem aos integrantes do Gaeco (Grupo de Atuação Especializada no Com- bate ao Crime Organizado do MPRJ) pelos relevantes serviços prestados ao Ministério Público, atuando de forma corajosa e isenta em prol dos interesses da sociedade fluminense.
“Pelo grupo do Gaeco já passaram mais de 200 colegas, ao longo da jornada. É um revezamento. Muitos deles não estão afastados de seu órgão de execução, e esta dedicação, competência e vontade de trabalhar pelo Ministério Público transcendem o cumprimento da mera obrigação. São colegas que fazem mais pela instituição. Temos muitos, mas neste momento queremos fazer o reconhecimento a esses colegas pela dedicação e dizer que vocês são um orgulho para todos nós do Ministério Público e que temos muita confiança no trabalho de vocês”, afirmou Cláudio Henrique, ao entregar uma placa de Moção de Reconhecimento.
Os debates foram mediados por promotores e procuradores do MPRJ, com um formato mais dinâmico para permitir a troca de experiências. A Comissão Científica, coordenada pelo diretor cultural Rogerio Pacheco Alves, escolheu temas atuais — novas tecnologias, proteção de dados, provas digitais, violação dos direitos de crianças e adolescentes na internet e violência doméstica contra as mulheres.
Também houve debates sobre assuntos cruciais da sociedade, como combustíveis, sonegação fiscal e organizações criminosas; desburocratização das micro e pequenas empresas; e o novo marco legal do saneamento. Para o presidente da Amperj, “foram momentos importantes de reflexão, de diálogo e também de amadurecimento sobre a atuação do Ministério Público em áreas prioritárias”.
Clique aqui para acessar o PDF da 30ª edição da Revista da Amperj!
Foto: Bruno Bou Haya/Amperj