Integrantes do maior concurso do MPRJ se reúnem em missa e festa no clube Monte Líbano
por Bruna Ximenes
O número de aprovados no 3º Concurso do MPRJ, de 1983, tem nada menos que três algarismos: 147. Essa quantidade atípica marca a turma que é uma das referências do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. O número virou uma brincadeira dos integrantes, que se autodenominam “Turma Fiat”, por causa do modelo 147 da marca, muito popular na época. Os colegas comemoraram com uma Missa em Ação de Graças na Capela Ecumênica do MPRJ, em março, e com uma festa no clube Monte Líbano, na Lagoa, em maio.
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A missa é celebrada todos os anos pelo padre Marco Lázaro, capelão do MPRJ. Estiveram no evento religioso integrantes da turma e o corregedor-geral Ricardo Ribeiro Martins. “Quando entrei, em 1986, o concurso de 1983 era a base. A turma sempre foi como um espelho”, afirmou o corregedor.
O desembargador José Muiños Piñeiro Filho, um dos membros, disse que o 3º Concurso foi marcante porque veio após cinco anos sem editais para novos promotores de Justiça. “O MP estava vazio e a nossa turma, inicialmente, foi polêmica pela grandiosidade. O 3º Concurso aprovou grandes nomes. Sempre que posso, venho aqui comemorar. Tenho um carinho especial”, afirmou o ex-procurador-geral de Justiça.
Foi ele quem teve a ideia de construir a Capela do MPRJ. “Na sede do MP, onde recebemos a população e trabalhamos com questões difíceis, é importante ter espiritualidade. Eu propus a construção da Capela Ecumênica, inaugurada no Dia Nacional do Ministério Público, em 1999, em respeito a todas as religiões”, disse. A capela do Rio de Janeiro é a única da instituição no país.
Para o procurador de Justiça José Roberto Paredes, nos últimos 40 anos os colegas “dedicaram-se completamente e deram o seu melhor todos os dias”. Ele afirmou que a missa é o momento de agradecer pelos últimos anos, especialmente após a pandemia. Os colegas já falecidos receberam preces.
O promotor Carlos Eduardo Miranda Ferraz participa todos os anos. “A missa é para testemunharmos nossa gratidão a Deus, e a deste ano tem um caráter ainda mais especial pela comemoração dos 40 anos da nossa turma; vamos agradecer pela trajetória de cada um da ‘turma Fiat’, que chegou até aqui com saúde.”
A turma este ano também celebrou com uma festa no Monte Líbano em 20 de maio, com apoio do Ceprojus e organização das procuradoras de Justiça Maria do Carmo Casanova, Fátima Melo e Lourdes Gamba. Segundo Fátima, a turma é “festeira” e sempre se reúne para celebrar as datas importantes. Este ano, cerca de 100 colegas compareceram à celebração com buffet, música ao vivo e open bar.
Fátima afirmou que as quatro décadas significam uma vida dedicada ao MP. “É uma grande emoção e gratidão, para mim e para os colegas de 1983, completar todo esse tempo de concurso. No nosso caso, é toda uma vida dedicada à instituição. Apesar dos percalços que o tempo se encarrega de dar, o MP foi uma escolha acertada na minha vida. Se eu pudesse voltar no tempo, voltaria a fazer exatamente o que fiz 40 anos atrás. O idealismo e a luta pela justiça continuam comigo.”
Segundo os integrantes, na verdade a turma não teve, oficialmente, 147 aprovados. O número é aproximado, com dois ou três a menos, mas a turma se valeu do número para fazer a brincadeira da autodenominação relacionada ao carro.
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