A promotora de Justiça Roberta Rosa Ribeiro disse no 5º Projus que os membros do Ministério Público, sejam brancos ou negros, precisam ter seu “lugar de fala” respeitado na instituição. Ela participou do painel sobre “Sistema de Justiça no Enfrentamento dos Crimes de Gênero e ao Racismo”.

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“Somos no Rio de Janeiro 990 membros e somos 17 pessoas negras na instituição. Sei também que, sem nenhum tipo de julgamento, nem todos esses 17 estão dispostos a se colocar na defesa dessa pauta, entendendo a importância dessa pauta. (…) É importante a gente ter esse lugar de fala respeitado, mas entender que os colegas brancos também têm seu lugar de fala”, comentou ela, que coordena o Fórum de Igualdade de Raça e Gênero da Amperj.

Em seu pronunciamento, a promotora defendeu que não haja “disputa de ego” no MP.

“Acredito que há espaço para todas as nossas atuações terem sua relevância. Não é uma disputa de ego. (…) Nossa missão é a defesa da ordem jurídica, do regime democrático, dos [direitos] individuais indisponíveis e, assim, a gente dialoga”, comentou.

O painel foi conduzido pela presidente da Associação do Ministério Público de Pernambuco (Amppe), Deluse Amaral Rolim Florentino, com a participação, além da promotora do MPRJ, dos promotores Meri Cristina Amaral Gonçalves (Acre) e Luis Fausto Dias de Valois Santos (Sergipe) e da gerente jurídica do Banco do Brasil, Cláudia Portes.

O 5º Projus – Encontro Regional Sudeste do Ministério Público 2024 termina nesta em Vitória (ES). Foram três dias de painéis, palestras e oficinas, que reuniram procuradores e promotores de Justiça do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

Do MPRJ, participaram os promotores Emerson Garcia (palestrante de abertura), Sidney Rosa e Roberta Rosa Ribeiro. O presidente da Amperj, Cláudio Henrique Viana, também esteve no encontro.