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Amperj cria Fórum de Igualdade de Raça e Gênero; mulheres são 57% dos associados

Inserido em 8 de março de 2021
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Elas representam 51% da população brasileira, mas na Amperj as mulheres são 57% dos associados. Apesar de esta maioria ser observada em diversas áreas pelo país, das universidades ao mercado de trabalho, a representação feminina continua tendo muito a avançar. Para enfrentar essa questão, no Dia Internacional da Mulher, a nova gestão da Amperj anuncia a criação do Fórum de Igualdade de Raça e Gênero, coordenado pela promotora de Justiça Roberta Rosa Ribeiro.

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A ação está em acordo também com recomendação do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) de novembro de 2020, para promoção de ações iniciativas visando a equidade gênero e raça no Ministério Público da União e dos Estados. Além do Fórum de Igualdade de Raça e Gênero, a Amperj instituiu outros nove fóruns temáticos para fomentar um ambiente de amplo diálogo, disseminação de conhecimento e compartilhamento de experiências na busca pelo aprimoramento funcional.

O Fórum de Igualdade de Raça e Gênero da Amperj tem o objetivo de estimular a Associação a estar pronta a atender aos anseios de suas associadas e associados, sendo um espaço de construção de uma política institucional moderna, atenta à defesa dos direitos humanos e dos direitos das mulheres.

Para Roberta, coordenadora do fórum, “todas as questões associativas devem ser trabalhadas sob uma perspectiva de gênero, sob pena não atender grande parte dos associados, que não serão contempladas por não considerar as especificidades da experiência de ser uma mulher, promotora de Justiça, que exerce uma relevante função e, em alguns casos, se encontra em uma situação de vulnerabilidade pelo simples fato de ser mulher”.

“O Fórum trabalha a questão de gênero e raça, portanto, é importante salientar, que apesar de sermos poucas, temos algumas mulheres negras em nossa classe, que, além da discriminação pelo gênero, também relatam no seu cotidiano a discriminação racial, que sofrem no exercício de suas funções, sendo relevante considerar a interseccionalidade entre gênero e raça”, afirmou Roberta Rosa Ribeiro.

Segundo a promotora, entre as ações previstas no fórum estão a organização de grupos de trabalho e eventos com especialistas para fomentar o debate permanente sobre o tema. “O 8 de março (Dia Internacional da Mulher) é uma data de celebração das conquistas das mulheres, mas também um momento de reflexão de que a luta pelo fim da discriminação de gênero deve continuar”, afirma Roberta.